AICCOPN QUER PARA 2009 A RECUPERAÇÃO DO SECTOR
Agora que o ano de 2008 está a chegar ao fim é indiscutível que o arranque de um novo ciclo de crescimento para o Sector da Construção não aconteceu no decurso deste ano, tal como, de acordo com os dados disponíveis, inicialmente era previsto pela AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas. É, porém, absolutamente necessário que, a bem do sector e do País, o ano que agora termina marque o fim da trajectória descendente da actividade.
Na verdade, a ligeira melhoria registada nas obras de engenharia civil, que se vem juntar a um crescimento da ordem dos 4% no segmento dos edifícios não residenciais, não foi suficiente para compensar a persistente quebra verificada na componente dos edifícios residenciais, que deverá situar-se muito próxima dos 8%, “algo que dificilmente era previsível no início do ano, mas que o aumento sistemático das taxas de juro e as crescentes dificuldades de acesso ao crédito resultantes da crise financeira internacional ajudam a explicar”, salienta Reis Campos, Presidente da AICCOPN.
Recordando que o País passou de 125 mil fogos novos construídos em 2002 para aproximadamente 60 mil em 2008, Reis Campos sublinha que era expectável um abrandamento na construção nova, mas nunca com esta dimensão, tanto mais que este desinvestimento não foi compensado por uma aposta na reabilitação urbana, “como seria natural e desejável”.
Destacando que há muito vem defendendo que a reabilitação urbana deve ter o estatuto de prioridade nacional, já que há mais de 800 mil casas a precisarem de obras profundas e urgentes, contribuindo para a profunda degradação e abandono em que se encontram os centros urbanos das principais cidades do País, o Presidente da AICCOPN reconhece que o Orçamento de Estado para 2009 avança algumas medidas importantes para incentivar a reabilitação mas defende que as mesmas só terão eficácia “com as alterações que é necessário fazer na Lei das Rendas, para que esta seja um verdadeiro instrumento de fomento do arrendamento e um estímulo à reabilitação”.
Mas para que 2009 possa ser um ano capaz de trazer alguma recuperação ao Sector da Construção, “algo que será, aliás, decisivo para enfrentar a crise financeira internacional e as suas consequências na economia”, é essencial que os diferentes projectos de infra-estruturas que estão previstos sigam o seu curso sem qualquer interrupção.
“É fundamental avançar com as estradas e auto-estradas que integram o Plano Rodoviário Nacional, avançar com as obras da rede de alta velocidade ferroviária, dar início ao projecto do novo aeroporto de Lisboa, da nova travessia do Tejo, mas também com todas as barragens previstas e com as restantes infra-estruturas para a produção de energias renováveis, com as redes de água e saneamento, com as obras nos portos, com a construção dos novos hospitais, escolas, tribunais e outros edifícios públicos que são necessários”, sustenta Reis Campos.
Sublinhando que estas obras significam desenvolvimento, crescimento económico e mais qualidade de vida para as populações, o Presidente da AICCOPN defende que não há margem para retrocessos e adiamentos na execução dos diferentes projectos. “Só desta forma será possível a manutenção do nível de emprego no sector, o que é fundamental para o País”, sustenta Reis Campos, recordando os “cerca de 560 mil postos de trabalho que a construção assegura, representando 11% do emprego nacional”.
E é com esta expectativa de ver o Sector da Construção recuperar de um longo período de quebra de actividade e funcionar como dinamizador do combate à crise internacional que a AICCOPN e o seu Presidente desejam aos seus associados e aos portugueses em geral um Feliz Natal e um Bom Ano Novo.
Atualizado em 17/11/2021
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