Tomada de Posse – CPCI
Os primeiros Órgãos Sociais da CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário tomaram ontem posse, em cerimónia presidida pelo Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Reis Campos, primeiro Presidente da CPCI, eleito em representação da AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, realçou no seu discurso de tomada de posse o facto de “a Confederação ser já uma realidade perfeitamente consolidada, que dá corpo a uma ambição antiga das associações representativas da fileira da construção e do imobiliário de juntar interesses que até aqui estavam dispersos”.
Depois de ter referido que a Confederação nasceu num momento particularmente difícil para as actividades que representa e para o País, o seu Presidente considera que “esta conjuntura veio dar ainda mais sentido à constituição de uma estrutura associativa capaz de assegurar coesão aos diferentes segmentos que constituem este vasto Sector”.
Criticando a ausência de visão estratégica em relação a um Sector que é “determinante para o crescimento económico do País, para o fortalecimento da sua competitividade, para a criação de emprego e para a melhoria das condições de vida da população”, Reis Campos lamenta “o fortíssimo desinvestimento na construção e no imobiliário a que assistimos nos últimos anos, com consequências gravosas para as empresas da fileira, mas também para os trabalhadores e, em geral, para o País”.
Em face da quebra de actividade acumulada superior a 30% nos últimos oito anos, o Presidente diz ter “plena consciência” do papel que a Confederação poderá desempenhar neste contexto, assumindo que é seu objectivo ” contribuir para fortalecer e modernizar o tecido empresarial da fileira e, desse modo, ser um instrumento para o desenvolvimento económico e social de Portugal”.
Assumindo que compete à Confederação “identificar oportunidades, ultrapassar desafios, apontar novos caminhos e induzir estratégias vencedoras”, o dirigente aponta a necessidade de Portugal dar passos significativos em matéria de Formação Profissional, Fiscalidade, Justiça, Ambiente, Inovação, Internacionalização, Concorrência, Regulação de Mercados e nas Relações Laborais, “áreas em que se impõe ao Estado eficiência e rapidez nas reformas que o nosso futuro colectivo exige”.
A CPCI marca uma nova etapa no associativismo empresarial português. Desde a promoção imobiliária ao projecto, passando pela indústria, materiais de construção, construção, mediação, mas também por outras actividades, como a avaliação, novas tecnologias e ambiente, “todas confluem e contribuem para o produto final e é, precisamente, essa diversidade que nos caracteriza e demarca dos restantes sectores de actividade, que enriquece esta Confederação”, sustenta.
Lembrando que o Sector é responsável por 18% do PIB, por 49,7% do investimento nacional, 20% das empresas do País, ou seja, 220 mil e por cerca de 820.000 postos de trabalho, o que corresponde a 15,8% do total do emprego, Reis Campos conclui afirmando que à semelhança do que sucede na Europa e no mundo “o futuro terá de passar necessariamente pelas actividades que integram esta fileira”, pelo que “Portugal pode, assim, contar com o contributo da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, para percorrer o caminho do desenvolvimento económico e social que todos pretendemos”.
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