Conjuntura – Fevereiro
No trimestre terminado em Janeiro e por comparação com o mesmo período do ano anterior, refere a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas na sua mais recente análise de conjuntura sobre o Sector, o segmento das obras de engenharia civil era o que registava o pior desempenho, apresentando o seu índice de produção uma redução homóloga de 28,5%. Nas outras actividades – construção de habitação e construção não residencial – os decréscimos homólogos da produção não eram tão acentuados: – 13,7% e -11,7%, respectivamente. Conforme explica a Federação, a evolução mais desfavorável registada no segmento da engenharia civil é o resultado das medidas de austeridade implementadas pelo Governo com vista a consolidar as finanças públicas e que se traduzem na quebra de investimento público. A falta de investimento está também na origem da redução da produção nos outros dois segmentos da Construção, como revela a evolução da carteira de encomendas das empresas. Daí a FEPICOP concluir que a actividade do Sector se mantém em níveis muito reduzidos, continuando a não haver sinais de alterações significativas a curto prazo que permitam perspectivar uma inversão da tendência negativa e um início de recuperação do Sector.
Procura escasseia
Ora, sendo a Construção uma actividade intensiva em mão de obra, a queda da sua produção implica, inevitavelmente, um aumento do desemprego no Sector, o qual que já atinge cerca de 71 mil trabalhadores, o que representa 14,2% do total nacional e um aumento médio anual, durante 2010, de 18,6%, superior em 6,4 pontos percentuais à variação média global.
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