Conjuntura da Construção – Fevereiro 09
Depois de o ano de 2008 ter ficado aquém das expectativas da FEPICOP em termos de crescimento do sector, decorrido o primeiro mês de 2009 constata-se que a maioria dos indicadores de análise da conjuntura se manteve nos níveis observados no final de Dezembro último.
A análise dos indicadores disponíveis permite concluir que, nos últimos meses, as dificuldades financeiras das empresas do Sector se têm agravado intensamente, conclusão que é consubstanciada pela variação negativa do índice relativo à situação financeira das empresas, o qual registou um decréscimo de quase 13% no trimestre acabado em Janeiro em comparação com o período homólogo. Estas dificuldades financeiras traduzidas pelos empresários no Inquérito Mensal realizado pela FEPICOP em colaboração com a UE, prendem-se com sucessivas reduções de actividade e com constrangimentos relacionados com a obtenção de financiamento e prazos de recebimento.
O índice de produção da Construção que, no final de 2008, terá ficado 1.3% abaixo de 2007, continua a registar no trimestre terminado em Janeiro, um comportamento mais lento do que o que se esperava, sobretudo devido à continuação da degradação da actividade no segmento da habitação.
O número de novos desempregados inscritos nos Centros de Emprego durante o mês de Dezembro de 2008, vindos do Sector da Construção, atingiu 3 244, número que, acrescido aos valores acumulados até Novembro, faz com que a dimensão do desemprego na Construção no final de 2008 correspondesse a mais de 41 mil pessoas, desemprego que resulta indiscutivelmente da forte quebra de actividade nos edifícios para habitação, actividade que é mão-de-obra intensiva.
Os níveis de produção de obras de engenharia civil que, até ao final de 2008, apresentavam variações positivas, mantiveram esta tendência em Janeiro, mês em que se registou um acréscimo trimestral homólogo de 0.7%.
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