CONJUNTURA DO SECTOR – DEZEMBRO
A publicação das contas nacionais trimestrais pelo INE, relativamente ao 3.º trimestre de 2011, revelou uma quebra de 14,1% do Investimento (FBCF) em Construção, face ao trimestre homólogo, e uma contracção do VAB do sector em 11,6%, no mesmo período. Salienta-se que as quebras agora registadas são as mais intensas desde o início da série que remonta a 1995.
No mesmo sentido e segundo o Inquérito Mensal à Actividade do sector da Construção, em Novembro todos os indicadores qualitativos apurados registaram quebras significativas face ao período homólogo. Assim, nesse mês, observa-se uma diminuição de 8,3% do Nível de Actividade e de 6,3% do Índice de Confiança, o qual encontra-se em queda há já 41 meses consecutivos.
Relativamente ao mercado habitacional, o mais penalizado pela actual conjuntura económica, são de destacar os dados mais recentes disponibilizados pelo Banco de Portugal, os quais revelam que os novos créditos concedidos para aquisição de habitação registaram uma quebra, em termos homólogos, de 63,4%, no 3º trimestre de 2011, ou seja, uma redução de 1.674 milhões de euros no valor dos empréstimos concedidos.
No segmento das obras públicas observa-se também uma forte redução do investimento, com os concursos promovidos pela Administração Central a contraírem-se 70,3% em termos homólogos acumulados até Novembro. Em termos globais, a quebra em valor dos concursos abertos até Novembro, por comparação com o período homólogo, foi de 1.239 milhões de euros (-31,6%).
No 3º trimestre de 2011, o emprego assegurado pelo sector da construção registou uma redução de 3,2%, face ao 2º trimestre do ano, o que se traduziu numa diminuição de 14 mil empregos em apenas três meses. Em termos acumulados, desde 2002, a destruição de emprego no sector da Construção já atingiu cerca de 168 mil postos de trabalho.
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