Conjuntura FEPICOP – Outubro
O clima recessivo que paira sobre a economia portuguesa e a incerteza quanto à efectiva realização dos investimentos públicos já anunciados, têm condicionado fortemente as perspectivas dos empresários quanto à evolução futura do Sector da Construção.
Em concreto assiste-se a uma redução prolongada e significativa das carteiras de encomendas detidas pelas empresas, o que tem vindo a traduzir-se em menores ritmos de produção e a provocar efeitos muito nefastos no nível de emprego.
No que toca aos níveis de actividade dos diferentes segmentos da Construção, destaca-se a recente e significativa deterioração do ritmo de produção do segmento da engenharia civil, bem como a quebra registada, desde Agosto, pelo segmento da construção de edifícios não residenciais públicos, o qual vinha a revelar um forte dinamismo em resultado do Programa de Modernização do Parque Escolar. Ainda assim e a avaliar pelos indicadores FEPICOP de produção, é o segmento da construção residencial o que mais reduziu a sua produção desde o início da corrente década, encontrando-se actualmente a produzir a um nível 58% abaixo do valor de Janeiro de 2000.
Face à média dos empresários europeus, os responsáveis pelas empresas portuguesas de construção mantêm-se fortemente pessimistas, emitindo opiniões muito desfavoráveis relativamente à evolução das carteiras de encomendas detidas pelas suas empresas e quanto ao nível de emprego futuro do Sector. Em termos médios europeus e ao contrário do verificado no caso de Portugal, qualquer destas variáveis tem evoluído de forma positiva ao longo do ano corrente, registando crescimentos acumulados de 2% e 11%, respectivamente.
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