Fileira da Construção e do Imobiliário Constitui Confederação
Diversas associações dos sectores da Construção e do Imobiliário, uniram-se e formaram uma Confederação, que foi apresentada publicamente esta semana, numa cerimónia que decorreu no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, e que contou com a presença do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino.
“O dia de hoje fica marcado pela constituição da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI)”. Foi assim que o presidente recém-eleito da Comissão Instaladora deste novo organismo, Manuel Joaquim Reis Campos, deu início à cerimónia de apresentação pública do mesmo.
Acompanhado por Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da AECOPS-Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços, Manuel Agria, da ANEOP-Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas, Vitor Carneiro, da APPC-Associação Portuguesa de Projectistas e Consultores, Luís Carvalho Lima, da APEMIP-Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, Afonso Caldeira, da APCMC-Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção, e Henrique Polignac de Barros, da APPII-Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, em representação das associações fundadoras da CPCI, Reis Campos (também presidente da AICCOPN-Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas) frisou que a Confederação tem por objectivo englobar “todas as actividades que, a montante e a jusante, estão ligadas à Construção e ao Imobiliário”, pelo que ela está aberta a outras entidades. Salientou, no entanto, que o seu núcleo organizador “pela sua inegável legitimidade, permite desde já à Confederação reclamar o necessário reconhecimento como parceiro social estratégico”.
Lembrando o peso destes dois sectores na economia nacional – 18 por cento do PIB, 49,7 por cento do investimento, 15 por cento do emprego e 16 por cento do número de empresas existentes no País – o presidente da Comissão Instaladora da CPCI explicou a importância da constituição desta Confederação que surge, aliás, num momento oportuno, para contribuir para a resolução da actual crise económico-financeira, que resulta, em parte, de um défice de investimento, tanto público, como privado. Daí, que um dos objectivos da Confederação seja “ter uma só voz que represente e defenda de forma eficaz as actividades de Construção e do Imobiliário, propondo soluções sobre todas as medidas que possam concorrer para o progresso do País”, afirmou Reis Campos. Porém, acrescentou, não basta o esforço por parte das empresas para promover o desenvolvimento; é preciso também que o Estado não se demita das suas funções e que não seja “fonte de ineficiências, gerador de obstáculos e de condicionalismos injustificados à iniciativa criadora e empreendedora dos empresários” da construção e do imobiliário, dos quais depende, indiscutivelmente, a retoma da economia portuguesa.