NÚMERO DE INSOLVÊNCIAS NO SETOR REDUZIU 17% EM 2013 E DESEMPREGO DIMINUIU NOS ÚLTIMOS NOVE MESES
A AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas destaca os números relativos às insolvências registadas em 2013, que apontam para uma diminuição de 17% nestes casos, face ao ano anterior, situação que demonstra uma evolução ainda mais favorável que a registada para o conjunto da economia, que evidencia uma melhoria de 9,7%.
A Associação considera que estes dados, para além de atestarem de forma clara que o processo de ajustamento do setor se encontra, há muito, concluído, comprovam o esforço levado a cabo pelo tecido empresarial para suster os efeitos daquela que é a prior crise de que há registo nesta atividade, que se traduziu até 2013, num período de doze anos consecutivos de perda de produção, com uma quebra real e acumulada de 54% da sua produção, desde 2002.
Estimando-se um total de encerramentos, em 2013, de cerca de 7.000 empresas, número significativo, mas muito inferior aos 13.000 apontados para o ano anterior, a AICCOPN refere que, uma vez mais, e a exemplo do que se passa na restante Europa, a Construção e Imobiliário está a dar o seu contributo para o ténue processo de recuperação económica e de captação do investimento que a economia começa a apresentar. Porém, não deixa e alertar: “persistem riscos e obstáculos importantes que cabe, agora, ao Governo eliminar”.
Os primeiros sinais de estabilização e inversão da quebra de atividade do setor, que seguramente são já fruto da concretização de medidas consagradas no “Compromisso para a Competitividade Sustentável do Setor da Construção e Imobiliário”, assinado entre o Governo e a CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, presidida pela AICCOPN, não podem ser desperdiçados.
Agora é a vez do Governo criar as condições para que este esforço não seja em vão e que a tendência de crescimento verificada nos últimos meses de 2013, para a qual foi essencial o papel do Setor da Construção e do Imobiliário, se possa consolidar de forma definitiva, à semelhança do que vindo a acontecer na Europa, executando as restantes medidas previstas no Compromisso, que podem significar a recuperação até ao final do ano de 70 mil postos de trabalho, ou seja, metade do impacto esperado com a adoção do Compromisso.
Nos últimos nove meses, o número de desempregados inscritos na construção reduziu-se em 17%, isto é, representa menos 29 mil registos no IEFP, o que constitui mais um sinal de que este constitui um objetivo que está ao alcance do País.